Disque F para Frankenstein - Arthur C. Clarke (Conto)

Disque F para Frankenstein
Arthur C. Clarke
1965

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Os computadores ligados por telefone estabelecem uma rede gigantesca para o processamento, acúmulo e fornecimento de informações. Desde o início das pesquisas e do aperfeiçoamento do computador, os engenheiros eletrônicos da companhia telefónica Bell logo perceberam o imenso potencial que representaria para o campo das comunicações. Em 1951, a Bell inventou o transistor, possibilitando o uso do circuito de estado sólido.

Antes da década de 80, as únicas organizações que dispunham de computadores ligados por telefone, devido ao alto custo do sistema, eram os departamentos governamentais e as grandes corporações. Mas com a chegada da era do microcomputador, muitas residências contam hoje com computadores particulares. E provável que até o fim dos anos 80 a maioria da população venha a ter computadores domésticos, tal como no fim dos anos 50 quase todo mundo já havia comprado aparelho de televisão. A ligação telefónica de um computador particular com qualquer outro de natureza doméstica, empresa ou centro de processamento de dados já é possível, em troca de um custo relativamente baixo. A rede de comunicações descrita em "Disque F para Frankenstein" se encontra ao alcance de todos.

Arthur C. Clarke é uma figura conhecidíssima para quem se interessa por ficção científica ou programas espaciais. Detentor de três prémios Hugo e três Nebulas, fez a cobertura jornalística do lançamento das Apollos 11, 12 e 15 para a CBS - e seu romance Childhood’s End (O fim da infância) tornou-se clássico. O que muita gente não sabe, porém, é que, em 1945, bem antes de se cogitar seriamente de satélites, Clarke publicou um artigo numa obscura revista de rádio chamada Wireless World descrevendo a possibilidade da comunicação mundial instantânea através de três estações espaciais colocadas em órbita geoestacionária a cerca de quarenta mil quilômetros de distância da Terra. As mensagens seriam transmitidas por cima dos oceanos e cordilheiras, não porfio, mas por microondas de superfície, de satélite em satélite. A INTELSAT, organização internacional de telecomunicações via satélite, lançou o primeiro projeto (o Early Bird) em 1965, apenas vinte anos depois, convertendo a visão de Clarke em realidade. A era da comunicação global instantânea tinha chegado. Não há, praticamente, melhor exemplo da rapidez vertiginosa dos progressos recentes no campo da informática.

Hoje não resta dúvida de que o nosso mundo está todo ligado entre si e a possibilidade de melhorar as relações internacionais com o progresso dos sistemas de comunicação se encontra ao nosso alcance. O uso de computadores pelos militares pode ser demoníaco e assustador, mas, antes de se condenar, convinha estudar a fundo o seu emprego nos sistemas de comunicação. Os satélites têm permitido tudo quanto é tipo de vantagens.

O leitor não deve levar muito a sério o desfecho sinistro deste conto. A atitude de Clarke em relação à tecnologia costuma mostrar-se cautelosamente otimista, e não negativa como aqui dá a impressão de ser. Ele deposita muita fé no futuro da humanidade com a tecnologia, desde que a corrida armamentista entre as superpotências consiga evitar a autodestruição.

Clarke se formou em Física e Matemática no King’s College de Londres, sempre demonstrando grande interesse pelas fronteiras da ciência, sobretudo no terreno da astronomia. Já presidiu duas vezes a Sociedade Interplanetária Britânica. Nascido em Somerset, na Inglaterra, em 1917, reside desde 1956 no Sri Lanka. Escreveu frequentemente histórias sobre a exploração submarina: um dos motivos que teve para radicar-se lá. Na ficção cibernética, Clarke é mais conhecido por 2001: uma odisseia no espaço (1968), que escreveu primeiro como roteiro para o cinema e depois como romance. Mas o seu maior triunfo no gênero é, provavelmente, a sua obra-prima, é The City and the Stars (A cidade e as estrelas, 1956).



À lh50, hora do meridiano de Greenwich, no dia 1 o de dezembro de 1975, todos os telefones do mundo começaram a tocar. Duzentos e cinquenta milhões de pessoas tiraram o fone do gancho para passar por alguns segundos de irritação ou perplexidade. Quem acordou no meio da noite julgou que se tratasse de algum amigo distante, ligando pela rede telefônica via satélite inaugurada, com verdadeiro alarde publicitário, na véspera. Mas não havia nenhuma voz na linha; apenas um som, para muitos semelhante à rebentação das ondas do mar; para outros, à vibração das cordas de uma harpa tocada pelo vento. A maioria, porém, lembrou-se no mesmo instante de um ruído que vinha da infância - o barulho do sangue palpitando nas veias, que se ouve com uma concha colada na orelha. Fosse lá o que fosse, não durou mais que vinte segundos, sendo logo substituído pelo sinal de linha desocupada.

Os assinantes do mundo inteiro soltaram um palavrão, resmungando: "deve ter sido engano" e desligaram. Houve quem discasse para reclamações, mas o número parecia ocupado.

Horas depois, o incidente já estava esquecido - menos por quem tinha o dever de se preocupar com essas coisas.

No Posto de Averiguações dos Correios, passou-se a manhã inteira discutindo o assunto sem chegar a nenhuma conclusão. E assim continuou durante a hora do almoço, quando os engenheiros se concentraram no pequeno restaurante do outro lado da rua.

- Eu ainda acho - disse Willy Smith, o encarregado da eletrônica de estado sólido - que foi um surto temporário da corrente, causado pela ligação da rede de satélites.

- Que teve algo a ver com os satélites não resta a menor dúvida - concordou Jules Reyner, projetista de circuitos. Mas por que tanto tempo depois? Foram ligados à meia-noite; os telefones tocaram duas horas mais tarde - como todos sabem muito bem.

Bocejou com espalhafato.

-E você, Doe, o que acha? - perguntou Bob Andrews, programador de computadores. - Passou a manhã toda calado. Tenho certeza de que deve ter alguma opinião sobre o assunto.

O dr. John Williams, chefe do departamento de Matemática, mudou de posição, contrafeito.

- Tenho, sim respondeu. Mas vocês não vão levar a sério.

- Não faz mal. Mesmo que seja tão desvairada quanto essas histórias de ficção científica que você escreve com pseudônimo, pode ser que dê uma dica pra gente.

Williams avermelhou, mas não muito. Todo mundo sabia das histórias que escrevia, mas não se envergonhava por causa disso. Afinal de contas, tinham sido reunidas em livro. (Verdade que os últimos exemplares, a preço de liquidação; ainda guardava algumas centenas.)

- Muito bem - disse rabiscando na toalha da mesa. Há anos que venho pensando sobre o assunto. Já repararam na semelhança que existe entre um centro de telefones automático e o cérebro humano?

- E quem não reparou? - escarneceu um dos ouvintes. - Uma ideia que data do tempo do próprio Graham Bell.

- Possivelmente; nunca disse que ela era original. Apenas afirmo que já é hora de se começar a levar o assunto a sério. - Franziu os olhos com estranheza para as lâmpadas fluorescentes no teto; eram indispensáveis nesse dia de nevoeiro de inverno. - Pô, o que é que há com essas lâmpadas? Faz cinco minutos que não param de piscar.

- Não se preocupe com isso. No mínimo a Maisie esqueceu de pagar a conta da luz. Fale mais sobre a sua teoria.

- De modo geral, não é teoria, mas puro fato. Todo mundo sabe que o cérebro humano se compõe de um sistema de chaves - os neurônios - interligadas, de modo muito complicado, por nervos. Um centro telefônico automático também se compõe de um sistema de chaves - seletores, etc. ligadas por fios.

- Perfeitamente - disse Smith. - Mas essa semelhança não adianta nada. Não existem cerca de quinze bilhões de neurônios no cérebro? Isso é muito mais que o número de chaves de um centro automático.

A resposta de Williams foi interrompida pelo estrondo de um jato em vôo rasante; para poder continuar, teve que esperar que o restaurante parasse de vibrar.

- Nunca ouvi esses aviões voando tão baixo - resmungou Andrews. - Pensei que fosse proibido.

-E é, mas deixa pra lá, o controle do aeroporto de Londres há de pegá-lo.

- Duvido – retrucou Reyner. - Foi o próprio aeroporto , de Londres orientando o pouso de um Concorde. Mas também nunca ouvi nenhum tão baixo assim. Ainda bem que eu não estava dentro dele.

- A gente vai ou não vai continuar com esta maldita discussão? reclamou Smith.

- Quanto aos quinze bilhões de neurônios, tem razão prosseguiu Williams, imperturbável. E aí é que está o problema. Parece um número enorme, mas não é. Lá pelos anos 60, havia muito mais do que isso em matéria de chaves individuais nos centros automáticos mundiais. Hoje existe aproximadamente cinco vezes mais.

- Entendo – disse Reyner, pensativo. E, a partir de ontem, todas ficaram capazes de interligação completa, agora que a comunicação por satélite começou a funcionar.

- Exatamente.

Fez-se um pouco de silêncio, só cortado pelo alarido distante da sirene de um carro de bombeiros.

- Deixa ver se entendi direito – disse Smith. Você está querendo dizer que o sistema telefônico mundial agora é um cérebro gigante?

- A grosso modo, antropomorficamente, sim. Prefiro raciocinar em termos de tamanho analisado sob o aspecto crítico.

Williams estendeu as mãos, com os dedos meio arqueados.

- Aqui estão dois pedaços de U-235; enquanto estiverem separados, não acontece nada. Mas é só juntar completou as palavras com gestos e a gente fica com algo bem diferente de um pedaço maior de urânio: uma cratera de cerca de um quilômetro de diâmetro.

"Acontece o mesmo com as nossas redes telefônicas; até hoje, foram em grande parte independentes, autônomas. Mas agora, de repente, multiplicamos os elos, todas as redes se fundiram - e atingimos o ponto crítico."

- E o que é que significa o ponto crítico, nesse caso? perguntou Smith.

- Na falta de um termo melhor: consciência.

- Um tipo de consciência muito estranho - disse Reyner.

- O que é que ela iria usar no lugar dos órgãos dos sentidos?

- Bem, todas as estações de rádio e tevê do mundo inteiro estariam lhe prestando informações, através das linhas terrestres. Isso já lhe daria alguma coisa para pensar Depois, disporia de todos os dados armazenados pelos computadores; teria acesso a tudo isso - e a bibliotecas eletrônicas, a sistemas de localização por radar, a telemetragem nas fábricas automatizadas. Ah, contaria com órgãos dos sentidos de sobra! Nem dá para sequer imaginar a visão que teria do mundo, mas decerto seria infinitamente mais ampla e complexa que a nossa.

- Suponhamos que sim, pois a ideia é bem divertida disse Reyner -, mas o que é que ela poderia fazer, além de pensar? Não teria como sair de onde está; não dispõe de membros.

- E a troco de quê haveria de querer viajar? Já estaria em toda parte! E cada aparelho de controle remoto do planeta funcionaria como membro.

- Agora estou entendendo aquela demora toda - interrompeu Andrews. - Ela foi concebida à meia-noite, mas só nasceu à uma e quinze da madrugada. O barulho que acordou todos nós era o grito de hora do parto.

A tentativa de gozação não saiu bem sucedida, e ninguém achou graça. No teto, as luzes continuavam piscando de maneira irritante, cada vez mais. Depois houve outra interrupção, provocada na parte da frente do restaurante, pela entrada, como sempre barulhenta, de Jim Small, funcionário do departamento de peças elétricas.

- Olha só, pessoal - disse sorrindo, sacudindo uma toalha de papel diante da cara dos colegas. - Estou rico. Já viram saldo bancário igual a este?

O dr. Williams pegou o extrato, correu os olhos pelas colunas e leu o saldo em voz alta:

- Crédito: £ 999.999.897.87. Não vejo nada de mais nisto - continuou, levantando a voz no meio da algazarra geral.

- Diria que o computador, pelo visto, cometeu algum erro. O tipo da coisa que acontecia a toda hora quando os bancos resolveram adotar o sistema decimal.

- Já sei, já sei - disse Jim -, mas não banca o desmancha-prazeres. Vou mandar emoldurar este extrato - e o que será que aconteceria se eu apresentasse um cheque de alguns milhões baseado nisto aqui? Não podia processar o banco, se fosse devolvido por falta de fundos?

- De jeito nenhum - respondeu Reyner. - Sou capaz de apostar como os bancos já previram isso anos atrás, tratando logo de se defender num daqueles contratos de letra miúda. Mas, espera aí - quando foi que você recebeu esse extrato?

- Pelo carteiro do meio-dia; pedi que mandassem para o escritório para que a minha mulher não tivesse chance de ver.

- Hum... quer dizer então que foi computado hoje de manhã bem cedo. Na certa depois da meia-noite...

- O que é que você está querendo insinuar? E por que que todo mundo está fazendo essa cara?

Ninguém respondeu: uma vez levantada a lebre, os perdigueiros saíram atrás feito doidos.

- Alguém aqui entende de sistema bancário automático? - perguntou Willy Smith. - Como é que funciona a compensação?

- Como tudo hoje em dia - respondeu Bob Andrews. Todos os bancos pertencem à mesma rede, os computadores se comunicam entre si pelo mundo afora. Eis aí um ponto a seu favor, John. Se houvesse encrenca para valer, esse seria um dos primeiros lugares que me ocorreriam. Além do próprio sistema telefônico, lógico.

- Ninguém respondeu a pergunta que fiz antes do Jim chegar - reclamou Reyner. - O que é que esse supercérebro realmente faria? Se mostraria amigo, hostil, indiferente? Saberia, inclusive, que a gente existe ou consideraria os sinais eletrônicos que o controlam como sendo a única realidade do mundo?

-Pelo que vejo, você começa a acreditarem mim - disse Williams, com certa satisfação implacável. - Só posso responder com outra pergunta. O que é que faz uma criança recém-nascida? Começa logo a procurar alimento. - Levantou os olhos para as luzes trêmulas. - Meu Deus - exclamou hesitante, como que fulminado por uma ideia súbita. - Está aí a única espécie de alimento de que precisaria -a eletricidade.

- Chega de bobagem - atalhou Smith. - Que fim levou o nosso almoço? Já faz vinte minutos que estamos esperando.

Ninguém prestou atenção.

- E aí então - continuou Reyner, retomando o fio da meada de Williams - se poria a olhar em volta e a esticar os membros. A brincar, em suma, como qualquer criança em fase de crescimento.

- E as crianças costumam quebrar coisas - comentou alguém em voz baixa.

- Brinquedos é o que não lhe faltaria, por Deus. Como esse Concorde que acaba de passar por aqui. As linhas de montagem automática. Os sinais de trânsito nas ruas.

- Engraçado você falar nisso - interveio Small. - Aconteceu alguma coisa com o trânsito lá fora... há dez minutos que está interrompido. Parece um grande engarrafamento.

- Acho que houve um incêndio... escutei a sirene dos bombeiros.

- Eu escutei duas... e o que dava impressão de ser uma explosão lá para os lados do bairro industrial. Tomara que não seja grave.

-Maisie!!! Quer trazer uma vela? Agente não consegue enxergar mais nada! Agora me lembrei... a cozinha daqui c à base de eletricidade. O nosso almoço vai vir frio; se vier.

- Mas ao menos dá para se ler o jornal enquanto se espera. Esse que você tem aí é a última edição, Jim?

- E... ainda não tive tempo de dar uma olhada. Hum... tudo indica que houve uma porção de acidentes estranhos hoje de manhã... sinaleiras ferroviárias estragadas... fornecimento de água suspenso por defeito na válvula de segurança... dezenas de reclamações sobre o "engano" telefônico de ontem à noite...

Virou a página e de repente se calou.

- O que foi?

Sem dizer nada, Small entregou o jornal. Só a primeira página tinha nexo. Nas internas, as colunas estavam todas empasteladas - os erros tipográficos interrompidos, aqui e ali, por anúncios congruentes, verdadeiras ilhas de sensatez no meio de um mar de palavras ocas. Tinham sido evidentemente impressos como blocos independentes e escapado da mixórdia em que se transformara o texto dos artigos ao redor.

- Quer dizer então que foi a isto que nos reduziu a composição feita a longa distancia e a distribuição automática - murmurou Andrews. - Estou vendo que Fleet Street caiu na asneira de colocar todos os seus ovos no mesmo balaio eletrônico.

- Como todos nós, por sinal - disse Williams, bem solene. - Como todos nós.

- Se me permitem um aparte, a tempo de sufocar o pânico que parece que tomou conta desta mesa - declarou Smith, em voz alta e enérgica -, gostaria de salientar que não há motivo para preocupações... mesmo que a hipótese engenhosa de John esteja certa. Basta desligar os satélites... e tudo volta à situação normal que reinava ainda ontem.

- Lobotomia pré-frontal - murmurou Williams. - Já tinha me ocorrido. Como? Ah, desculpem... extraindo partes do cérebro. Isso sem dúvida resolveria o problema. Lógico que ia custar caro e teríamos de nos resignar a mandar telegramas de novo, uns aos outros. Mas a civilização sobreviveria.

Vinda de curta distância, ouviu-se uma explosão, rápida e intensa.

- Não estou gostando - comentou Andrews, nervoso. - Vamos ouvir o que a velha BBC tem para nos dizer -o noticioso da uma hora acaba de começar.

Pôs a mão dentro da pasta e tirou um rádio transistor.

- ... quantidade sem precedentes de acidentes industriais, além do lançamento inexplicável de três salvas de mísseis teleguiados das instalações militares dos Estados Unidos. Diversos aeroportos viram-se obrigados a suspender as operações por causa do comportamento extravagante do sistema de radar e os bancos e as bolsas de câmbio encerraram o expediente porque o processamento de dados tornou-se completamente descontrolado. ("Como se eu não soubesse", murmurou Small, enquanto os outros mandavam que calasse a boca.) Um momento, por favor - acabamos de receber novas notícias... Cá estão. Estamos sendo informados de que todo o controle sobre os satélites de comunicação recentemente instalados está perdido. Não reagem mais aos comandos que partem daqui da terra. Segundo...

A BBC saiu do ar; até a onda transmissora foi interrompida. Andrews pegou o botão de sintonia e girou em torno do dial. Não havia nenhuma outra emissora funcionando.

- Aquela lobotomia pré-frontal - disse Reyner afinal, numa voz próxima da histeria - foi uma ideia ótima, John. Pena que a criança já tivesse pensado nela.

Williams se levantou devagar.

- Vamos voltar para o laboratório - sugeriu. - Deve haver alguma resposta por aí.

Sabia, porém, que era tarde, tarde demais. Para o Homo Sapiens, a campainha do telefone tinha dado o derradeiro sinal. 

Biblioteca Pós-humana: Filhos e Amantes de D. H. Lawrence, 1913

Sons and Lovers
D. H. Lawrence
1913
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"Sons and Lovers", escrito por D. H. Lawrence, é um romance publicado em 1913 que explora a vida de uma família em uma cidade mineira da Inglaterra. Enquanto o livro foi escrito muito antes do termo "pós-humanismo" ser cunhado, podemos analisar certos aspectos da obra à luz desse conceito.

O pós-humanismo é uma abordagem filosófica e cultural que questiona a centralidade do ser humano no mundo, desafiando a ideia tradicional de identidade e buscando uma visão mais ampla que inclua tanto os seres humanos quanto as tecnologias e o ambiente. Nesse sentido, "Sons and Lovers" apresenta elementos que podem ser interpretados dentro dessa perspectiva.

Um aspecto fundamental do pós-humanismo é a rejeição da dualidade entre o corpo e a mente. Lawrence explora essa interação complexa entre o corpo e a consciência em seus personagens principais. Por exemplo, Paul Morel, o protagonista, está preso em um relacionamento simbiótico com sua mãe, que o impede de desenvolver sua própria individualidade. A figura materna é retratada como uma força poderosa que molda as experiências de Paul, seu desejo, e suas perspectivas.

Essa dinâmica mãe-filho pode ser interpretada como uma forma de questionar a ideia de uma identidade humana individual e autônoma, pois Paul está em constante conflito entre suas próprias necessidades e desejos e as expectativas e influências de sua mãe. Essa luta interna reflete a complexidade das relações humanas e a forma como as identidades são construídas em interação com o ambiente e os outros.

Além disso, o pós-humanismo também aborda a relação entre os seres humanos e a tecnologia. Embora "Sons and Lovers" não se concentre diretamente nesse aspecto, a presença da industrialização e da mineração na trama do livro é relevante. A descrição do ambiente industrial e da exploração das minas de carvão pode ser interpretada como uma crítica ao modo como a tecnologia e o progresso podem afetar negativamente a natureza humana e a conexão com o mundo natural, isso sem contar as descobertas recentes da "epigenética".

Em suma, embora "Sons and Lovers" não tenha sido escrito com a intenção explícita de se enquadrar nas categorias do pós-humanismo, é possível identificar elementos na obra que ressoam com as preocupações e questionamentos desse movimento filosófico. A complexa relação entre corpo e mente, a interação entre os seres humanos e seu ambiente social e tecnológico e a busca por uma identidade individual são temas presentes no romance de Lawrence, que podem ser explorados sob a luz do pós-humanismo.


Biblioteca Pós-humana: The Prelude – William Wordsworth, 1805

The Prelude
William Wordsworth
1805
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"The Prelude" é um poema épico autobiográfico escrito por William Wordsworth, um dos maiores poetas românticos ingleses. O poema descreve a jornada da vida do autor, desde a infância até a idade adulta, e é considerado uma das suas obras mais importantes.

Ao olhar para o poema a partir de uma perspectiva pós-humanista, podemos notar alguns temas e ideias que ressoam com essa corrente de pensamento. O pós-humanismo é uma abordagem filosófica que busca questionar a noção de humanidade e explorar as relações entre humanos e tecnologia. Isso inclui ideias sobre a evolução do ser humano, a inteligência artificial e a ética em torno dessas questões.

Em "The Prelude", podemos notar um interesse de Wordsworth na natureza e na experiência humana em relação a ela. O poema descreve a relação do autor com a natureza, desde suas primeiras experiências na infância até suas reflexões sobre a natureza como adulto. Essa preocupação com a natureza e sua importância para a vida humana pode ser vista como uma resposta às preocupações pós-humanistas em torno da relação entre tecnologia e natureza.

Além disso, "The Prelude" também aborda temas relacionados ao desenvolvimento humano e à evolução da consciência. O poema descreve a jornada do autor em direção a uma compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo ao seu redor, e essa jornada é vista como um processo contínuo de desenvolvimento pessoal. Essa abordagem pode ser vista como uma resposta à preocupação pós-humanista em torno do futuro da evolução humana e do papel que a tecnologia pode desempenhar nesse processo.

Em resumo, "The Prelude" de William Wordsworth aborda temas que ressoam com a abordagem pós-humanista, como a relação entre humanos e natureza e a evolução da consciência. Embora o poema tenha sido escrito há muito tempo, ainda pode ser relevante para as discussões atuais sobre o futuro da humanidade e a relação entre humanos e tecnologia.


Link para o poema original: http://triggs.djvu.org/djvu-editions.com/WORDSWORTH/PRELUDE1805/Download.pdf 

Link para uma Tese com a tradução para o Português: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/27573/TES_PPGLETRAS_2022_AGUIAR_ANGIULI.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Biblioteca Pós-humana: The Man That Was Used-Up - Edgar Allan Poe, 1839

The Man That Was Used-Up
Edgar Allan Poe
1839
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O conto "The Man That Was Used-Up" de Edgar Allan Poe, publicado em 1839, apresenta um personagem que é descrito como um modelo perfeito de eficiência e utilidade, mas que, ao mesmo tempo, parece ser uma figura estranhamente inumana e mecânica. Do ponto de vista do pós-humanismo, esse conto pode ser interpretado como uma reflexão sobre a relação entre o ser humano e a tecnologia, bem como sobre a natureza fluida e maleável da identidade humana.

Em "The Man That Was Used-Up", Poe descreve um personagem que é exaltado por sua habilidade em lidar com as demandas da sociedade, mas que, ao mesmo tempo, é desprovido de características humanas distintas. Ele é descrito como uma "máquina humana" ou "um homem mecânico", que é capaz de realizar suas tarefas de maneira eficiente, mas que não tem uma identidade claramente definida. Ele é um homem que foi "usado até o fim", uma figura que foi reduzida a uma série de funções úteis, mas que perdeu sua humanidade no processo.

Do ponto de vista do pós-humanismo, essa descrição evoca preocupações sobre o potencial para a tecnologia de reduzir os seres humanos a máquinas eficientes e úteis, ao mesmo tempo em que esvazia sua identidade e individualidade. Essa figura mecânica também sugere a possibilidade de que, à medida que a tecnologia avança, as fronteiras entre o humano e o mecânico possam se tornar cada vez mais difusas, levando a uma nova forma de existência pós-humana.

Por outro lado, o conto também sugere que a identidade humana pode ser fluida e mutável, e que a tecnologia pode desempenhar um papel na reconstrução ou reinvenção da identidade humana. O personagem principal do conto é capaz de assumir uma nova identidade depois de sofrer um acidente e ser reconstruído com partes artificiais do corpo. Essa transformação sugere que a identidade humana pode ser construída e reconstruída de maneiras que antes não eram possíveis, graças ao avanço da tecnologia.

Em última análise, o conto de Edgar Allan Poe "The Man That Was Used-Up" pode ser visto como uma reflexão sobre as possibilidades e preocupações apresentadas pelo pós-humanismo, e sobre a natureza em constante evolução da identidade humana na era da tecnologia.

Conheça a versão do conto em espanhol (El hombre que se gastó)  aqui: https://www.literatura.us/idiomas/eap_segasto.html

Biblioteca Pós-humana: Summer on the Lakes, in 1843 - Margaret Fuller, 1844

Summer on the Lakes, in 1843
Margaret Fuller
1844

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"Summer on the Lakes" é um livro de viagens escrito pela escritora, jornalista e crítica americana Margaret Fuller. O livro foi publicado originalmente em 1844 e descreve as experiências de Fuller durante sua viagem aos Grandes Lagos americanos em 1843.

Durante a viagem, Fuller visitou várias cidades e locais importantes, incluindo Chicago, Milwaukee, Mackinac Island e Niagara Falls. Ela também passou algum tempo com os nativos americanos que habitavam a região e discutiu suas culturas e tradições em detalhes.

Além de descrever as paisagens e as pessoas que ela conheceu durante a viagem, Fuller também usou o livro como uma oportunidade para expressar suas opiniões políticas e filosóficas. Ela escreveu sobre a questão da escravidão nos Estados Unidos, o papel das mulheres na sociedade e a importância da educação.

O livro é considerado um importante trabalho literário e histórico, não apenas por suas descrições vívidas das paisagens e culturas das Grandes Lagos, mas também por sua contribuição para os debates sociais e políticos da época. Margaret Fuller é reconhecida como uma das principais intelectuais e escritoras do século XIX e "Summer on the Lakes" é um exemplo de seu trabalho influente.

Embora "Summer on the Lakes" tenha sido publicado em 1844, seu impacto no pensamento pós-humanista é evidente em várias de suas ideias centrais. Uma das principais características do pós-humanismo é a preocupação com a relação entre humanos e outras formas de vida, bem como com a influência da tecnologia e da ciência na evolução do ser humano. Essas questões são abordadas de várias maneiras no livro de Fuller.

Uma dessas maneiras em que Fuller aborda a relação entre humanos e outras formas de vida é por meio de sua análise das culturas e tradições dos povos nativos americanos que ela conheceu durante a viagem. Ela destaca sua preocupação com a forma como a colonização europeia afetou essas culturas, mas também enfatiza a necessidade de entender e respeitar essas tradições, como parte da diversidade cultural do mundo.

"Summer on the Lakes" contribui para o pensamento pós-humanista através da análise que faz da relação entre o ser humano e a natureza. Ela descreve as paisagens naturais das Grandes Lagos com uma linguagem poética, mas também destaca a importância de preservar esses recursos naturais para as gerações futuras.

Em suma, "Summer on the Lakes" é uma obra que oferece insights valiosos sobre a relação entre humanos e outras formas de vida, bem como sobre a importância da preservação da natureza, da igualdade de gênero e da educação.


Biblioteca Pós-humana: A filha de Rappaccini de Nathaniel Hawthorne, 1844

A filha de Rappaccini
Nathaniel Hawthorne
1844
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"Rappaccini's Daughter" é um conto gótico escrito por Nathaniel Hawthorne em 1844, que conta a história de um jovem estudante chamado Giovanni que se apaixona pela filha do Dr. Rappaccini, Beatrice. O conto é ambientado em uma cidade italiana do século XVIII e explora temas de amor proibido, ciência desumana e manipulação genética.

O Dr. Rappaccini é um cientista que trabalha em um jardim secreto onde ele cultiva plantas com propriedades venenosas. Beatrice, sua filha, é criada no meio dessas plantas e desenvolve uma imunidade a elas. Giovanni é atraído pela beleza e pureza de Beatrice, mas logo descobre que ela é também venenosa e que seu pai a criou como uma espécie de experiência científica.

Em termos de pós-humanismo, "Rappaccini's Daughter" apresenta algumas ideias que são relevantes para esse movimento filosófico. Uma das principais é a noção de que a ciência e a tecnologia podem ter consequências imprevisíveis e perigosas. O Dr. Rappaccini é um exemplo de um cientista que está disposto a ir longe demais em sua busca pelo conhecimento, sem se importar com as implicações éticas ou morais de suas experiências.

Além disso, o conto aborda a questão da manipulação genética, que é um tema central do pós-humanismo. Beatrice é uma espécie de "ser pós-humano", criada por seu pai como uma mistura de humano e planta, e dotada de habilidades sobrenaturais. A forma como o Dr. Rappaccini a trata é emblemática da maneira como os seres pós-humanos podem ser vistos como objetos de estudo e experimentação.

Por fim, "Rappaccini's Daughter" também levanta questões sobre a natureza da identidade humana e a relação entre seres humanos e não humanos. Beatrice é vista como uma criatura estranha e perigosa por causa de sua imunidade às plantas venenosas, mas também é uma figura trágica e vulnerável que anseia por amor e aceitação. Essa tensão entre o estranho e o familiar, o humano e o não humano, é uma das principais preocupações do pós-humanismo.

Em resumo, "Rappaccini's Daughter" é um conto que toca em várias questões relevantes para o pós-humanismo, como a ética da ciência e da tecnologia, a manipulação genética, a identidade humana e a relação entre seres humanos e não humanos. É uma história sombria e fascinante que continua a ressoar com os leitores de hoje.


Biblioteca Pós-humana: The Coming Race - Edward Bulwer-Lytton, 1871

The Coming Race
Edward Bulwer-Lytton
1871

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"The Coming Race" é um romance de ficção científica escrito pelo autor britânico Edward Bulwer-Lytton em 1871. A história se passa em um mundo subterrâneo, habitado por uma raça avançada e pacífica de seres humanoides, conhecidos como "Vril-ya". O termo "Vril" é derivado da palavra sânscrita para "força vital", e é a fonte da habilidade dos habitantes deste mundo para realizar feitos aparentemente mágicos.

O protagonista do romance é um explorador chamado Adam, que acidentalmente descobre a entrada para o mundo subterrâneo enquanto viaja pelo Himalaia. Lá, ele é levado para a cidade de "Vril-ya", onde ele é inicialmente tratado com desconfiança pelos habitantes locais, mas eventualmente se torna amigo de um deles, chamado Zee.

Ao longo do romance, Bulwer-Lytton explora temas como o amor, a política, a religião e a tecnologia. Ele retrata a sociedade Vril-ya como uma utopia, com uma estrutura social altamente organizada e governada por líderes sábios e benevolentes. No entanto, a sociedade é vista como ameaçada por outras raças subterrâneas, que são retratadas como sendo malévolas e violentas.

Embora tenha sido escrito há mais de um século, "The Coming Race" continua a ser um trabalho influente na ficção científica. Sua descrição de uma sociedade utópica governada por tecnologia avançada tem sido citada como uma inspiração para obras posteriores, como "Utopia" de H. G. Wells e "Brave New World" de Aldous Huxley. O conceito de "Vril" também foi adotado por grupos ocultistas do século XIX, que acreditavam que ele representava uma fonte de energia cósmica e espiritual.

Há uma relação entre "The Coming Race" e o pós-humanismo, uma vez que o romance explora temas que são centrais para a discussão atual sobre a relação entre a tecnologia e a humanidade. 

O romance de Bulwer-Lytton apresenta uma sociedade subterrânea de seres humanoides altamente avançados, que utilizam uma fonte de energia mística conhecida como "Vril" para alcançar feitos aparentemente mágicos. Essa descrição pode ser vista como uma expressão de uma visão transumanista, que busca aprimorar a humanidade por meio da tecnologia.

Além disso, a história também aborda a questão do que acontece quando a tecnologia e a ciência ultrapassam os limites humanos e tornam-se forças que governam a sociedade. A sociedade Vril-ya é governada por uma elite de líderes sábios e benevolentes, que usam a tecnologia para controlar a população e manter a ordem. Esse tipo de estrutura social pode ser visto como uma forma de governança tecnocrática, que coloca a tecnologia e a ciência acima da vontade humana.

Dessa forma, "The Coming Race" apresenta uma visão futurista que é relevante para o pós-humanismo, uma vez que questiona a relação entre a tecnologia e a humanidade e os possíveis caminhos que podem ser tomados em um mundo cada vez mais tecnológico.


Biblioteca Pós-humana: Mary E. Bradley Lane - Mizora: A Prophecy

Mary E. Bradley Lane
Mizora: A Prophecy

Em 1890, Mary E. Bradley Lane publicou "Mizora: A Prophecy", um romance de ficção científica que apresentava uma utopia feminista. A história segue a protagonista Vera, que descobre um reino subterrâneo habitado exclusivamente por mulheres em uma jornada de exploração do Polo Norte.

Em Mizora, as mulheres são cientistas, filósofas e artistas, e a sociedade é governada por uma democracia direta em que todas as mulheres têm voz e voto. As mulheres em Mizora vivem por centenas de anos devido a um estilo de vida saudável e à aplicação da ciência à sua própria saúde e bem-estar.

O livro de Lane é notável por sua visão progressista e suas críticas à sociedade patriarcal do século XIX. Embora algumas de suas ideias possam parecer ultrapassadas hoje em dia, "Mizora: A Prophecy" continua sendo um exemplo importante de ficção científica feminista e utópica.

Uma das principais características do pós-humanismo é a preocupação com a possibilidade de transcender as limitações físicas e biológicas do ser humano por meio da tecnologia e da ciência. "Mizora: A Prophecy" aborda essa questão ao descrever uma sociedade avançada habitada exclusivamente por mulheres, que usam a tecnologia para superar limitações biológicas, como a capacidade de gerar filhos e a mortalidade.

A obra de Bradley Lane é relevante para o pós-humanismo porque explora questões relacionadas à igualdade de gênero e à diversidade. A sociedade de Mizora é composta apenas por mulheres, que vivem em harmonia e colaboração, em contraste com a sociedade patriarcal da época em que o livro foi escrito.

Outro aspecto interessante do livro é a visão de Bradley Lane sobre a natureza humana e a possibilidade de aperfeiçoamento moral. Na sociedade de Mizora, as mulheres são educadas desde jovens a serem altruístas e a pensar no bem-estar coletivo, em vez de apenas em seus próprios interesses. Essa ideia é relevante para o pós-humanismo, que busca uma visão de mundo em que a busca por um bem comum é valorizada em detrimento de interesses individuais.

Por fim, o livro de Bradley Lane também aborda questões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade. A sociedade de Mizora é descrita como vivendo em harmonia com a natureza, usando tecnologia avançada para preservar os recursos naturais e evitar danos ao meio ambiente. Essa visão é relevante para o pós-humanismo, que enfatiza a importância de uma relação sustentável entre humanos e o meio ambiente.

Em suma, "Mizora: A Prophecy" é uma obra importante para o pensamento pós-humanista, pois aborda questões como a transcendência das limitações biológicas, a igualdade de gênero, a busca pelo bem comum, a sustentabilidade e a relação entre humanos e o meio ambiente. Seu impacto na literatura e no pensamento feminista do final do século XIX torna sua relevância ainda mais significativa.


Link para Download: https://www.gutenberg.org/ebooks/24750

Imagining Urban Futures de Carl Abbott #BibliotecaSF



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O livro "Imagining Urban Futures" de Carl Abbott é uma obra obrigatória para os amantes de ficção científica que desejam explorar o tema das cidades do futuro. Abbott oferece uma perspectiva fascinante e detalhada sobre como os escritores de ficção científica imaginaram as cidades do futuro ao longo do tempo, desde os primórdios do gênero até as obras mais recentes. O autor aborda temas como urbanismo, tecnologia, meio ambiente e sociedade, oferecendo uma análise crítica e perspicaz das visões de futuro apresentadas pelos escritores. Com uma escrita clara e concisa, Abbott nos leva em uma viagem emocionante pelos mundos imaginários da ficção científica, oferecendo insights valiosos sobre nosso próprio mundo e nossa relação com a cidade. Recomendado para todos os fãs de ficção científica e urbanismo.

Espaçonaves gigantescas - Grandes Temas - Rhapsody in Black de Brian Stableford (1973)

Temas da Ficção científica: Espaçonaves gigantescas

Arte: McKie
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Rhapsody in Black by Brian Stableford (1973)

"Rhapsody in Black", de Brian Stableford, é um romance de ficção científica que se passa em uma espaçonave gigantesca chamada "Gargantua". A nave é um mundo em si mesma, com sua própria sociedade e cultura. A história segue uma jovem chamada Kallisti, que é forçada a fugir de sua casa em Gargantua e se unir a um grupo de rebeldes que lutam contra o governo opressivo da nave. Através dos olhos da nave, vemos como a sociedade evoluiu ao longo dos séculos, desde a construção da nave até os dias atuais. "Rhapsody in Black" é uma história emocionante e envolvente que explora temas como poder, opressão e rebelião em um contexto futurista e imaginativo.

Pulp Fiction - The Voyage That Lasted 600 Years - Don Wilcox

 

Arte: Krupa

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"The Voyage That Lasted 600 Years" é um conto de ficção científica que conta a história de uma nave que viaja por seis séculos em direção a uma estrela distante. A história foi publicada originalmente em 1940 na revista Amazing Stories e é considerada um marco no gênero por ter sido a primeira ambientada em uma nave que realiza uma jornada geracional. O conto apresenta a vida a bordo da nave, bem como as transformações sociais e tecnológicas que ocorrem ao longo dos séculos.

Typeset in the Future: Typography and Design in Science Fiction Movies - Dave Addey #Biblioteca SF



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"Typeset in the Future: Typography and Design in Science Fiction Movies", escrito por Dave Addey, é uma obra que explora a tipografia e o design presentes em filmes de ficção científica. Addey analisa minuciosamente o uso da tipografia em filmes como "Blade Runner", "Alien" e "2001: Uma Odisseia no Espaço", mostrando como esses elementos visuais ajudam a criar a atmosfera e o mundo dessas histórias.

Com uma abordagem detalhada, o livro é uma leitura obrigatória para fãs de ficção científica interessados em entender melhor como a tipografia e o design influenciam a estética e a narrativa desses filmes. Além disso, sua linguagem clara e acessível torna o livro uma leitura agradável e envolvente, mesmo para aqueles que não têm experiência prévia na área. "Typeset in the Future" é uma obra única e valiosa para qualquer fã de cinema e ficção científica.

The Definitive Science Fiction Television Encyclopedia - #BibliotecaSF


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"The Definitive Science Fiction Television Encyclopedia" é uma obra de referência essencial para qualquer fã de ficção científica. Escrito por Roger Fulton e John Betancourt, este livro é um guia completo para a televisão de ficção científica, desde os primeiros programas dos anos 50 até as séries mais recentes.

O livro contém entradas detalhadas para cada programa, incluindo informações sobre os personagens, enredo e produção. Há também seções dedicadas a temas específicos, como viagem no tempo, alienígenas e robôs.

Uma das melhores coisas sobre este livro é o seu compromisso com a inclusão. Ele apresenta séries de televisão de todo o mundo, incluindo programas japoneses e britânicos que podem ser menos conhecidos para os fãs americanos. Além disso, há informações sobre programas que nunca foram ao ar, mas que foram planejados, o que torna o livro ainda mais completo.

"O The Definitive Science Fiction Television Encyclopedia" é uma leitura obrigatória para qualquer pessoa interessada em ficção científica na televisão. É uma referência abrangente e detalhada que será valorizada por anos para vir.

Jim Burns - Dors Venabili - personagem de Isaac Asimov

 

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Dors Venabili é um personagem de ficção científica na série "Foundation" de Isaac Asimov. Ela é uma robô androide altamente avançada, projetada para proteger a personagem principal da série, Hari Seldon. Dors é descrita como uma mulher bonita e inteligente, com habilidades físicas e mentais superiores às dos humanos normais. Ela é um dos personagens mais importantes da série e desempenha um papel crucial na proteção de Seldon e no sucesso do plano de Seldon para salvar a humanidade da queda do Império Galáctico.

John Berkey

 


Sueñan los Androides con Ovejas Electricas (1 & 2) — Tony Parker & Philip K. Dick

  







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TONY PARKER ILUSTRA A GRANDE OBRA DE PHILIP K. DICK PRESERVANDO O TEXTO ORIGINAL DO MESTRE DA FICÇÃO CIENTÍFICA

O futuro. A falta de recursos naturais na Terra obrigou o homem a colonizar outros planetas e, para trabalhar em suas duras condições, criou réplicas de humanos conhecidos como androides. Rick Deckard é um caçador de recompensas que persegue réplicas de homens que fugiram das colônias para viver como humanos reais. Uma tarefa que se tornará mais complicada quando ele tiver que caçar uma nova geração de androides, o Nexus 6, que o fará começar a duvidar de sua própria humanidade.
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Postagem original de Literatura em Quadrinhos: https://bit.ly/3ygzXus

Capitão Magneto: O Improvável Super Imã. AudioConto curtíssimo de Herman Augusto Schmitz


Audiobook do conto curto Capitão Magneto - O improvável Super Imã. Integrante do livro Terrassol (2014) de Herman Augusto Schmitz, lido por ele mesmo.

Conto curtíssimo (Very Short Stories) em formato de alegoria de Ficção científica sobre o poder do cientista e das suas invenções.

O Pós-humano de Frederik Pohl ilustrado por Chris Moore

Pregação dominical: O Pós-humano

A ideia é de que no futuro distante, a vida em outros planetas como em Marte, não será mais feita por pessoas utilizando roupas espacias, mas sim, a humanidade adotará mudanças genéticas e próteses biomecânicas para a colonização planetária. 

O exemplo da imagem é de um pós-humano em Marte.  

Ilustração de Chris Moore para a capa do livro 'Man Plus' de FREDERIK POHL de 1976 



Um Cântico para Leibowitz — Walter M. Miller Jr. #Citações

 "Como sempre, os negros carniceiros que habitavam o céu punham seus ovos quando chegava a estação e amorosamente alimentavam seus filhotes. Planavam alto, muito acima de prados e montanhas e planícies em busca da nutrição para aquela parcela do destino da vida que lhes cabia, segundo os desígnios da Natureza. Os filósofos dos abutres demonstraram sem nenhum tipo de raciocínio que o supremo Cathartes aura regnans tinha criado o mundo especialmente para eles. Eles o adoravam com considerável apetite havia muitos séculos."

—Walter M. Miller, Jr., A Canticle for Leibowitz (1959)



More Than Human (Graphic Novel) — Theodore Sturgeon & Alex Nino & Doug Moench

  More Than Human










DOUG MOENCH
ADAPTOR

ALEX NINO
ILLUSTRATOR

Produced by
BYRON PREISS VISUAL PUBLICATIONS, INC.
Art Director: J ohn Workman
Managing Editor: J ulie Simmons
Copy Editor: Susan Devins

Distributed by Simon & Schuster, Inc.,
1230 Avenue of the Americas, New York, .Y. 10019
Distributed by McClelland and Stewart., Ltd., 25 Hollinger Road,
Toronto, Ontario, M4B3G2 Canada

Cover painting by Michael Kanarek. Based on a composition by Steven Hofheimer.

ISBN 930-36827-4

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50 in 50 - Coletânea de Harry Harrison

50 in 50

Harry Harrison


 50 in 50 (2001) • by Vincent Di Fate


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50 in 50: A collection of short stories, one for each of fifty years is a 2001 collection of short stories, so named since it includes fifty short stories written by Harry Harrison over fifty years.

The contents are divided into:

"Alien Shores"
"Make Room! Make Room!"
"Miraculous Inventions"
"Laugh—I Thought I Would Cry"
"Other Worlds"
"R.U.R."
"One for the Shrinks"
"The Light Fantastic"
"Square Pegs in Round Holes"

The closing section comprises eleven stories. These are the stories that defy easy categorization

Harrison, Harry. (2001). 50 in 50: A collection of short stories, one for each of fifty years. New York: TOR Books. ISBN 978-0-312-87789-7



MONA LISA OVERDRIVE

MONA LISA OVERDRIVE

William Gibson


Mona Lisa Overdrive é um romance cyberpunk escrito por William Gibson e publicado em 1988. É o terceiro e último livro da Trilogia do Sprawl, sendo os demais Neuromancer e Count Zero. A história ocorre oito anos após os eventos de Count Zero no Sprawl.  O romance foi nomeado para o Nebula Award de Melhor Romance, o Hugo Award de Melhor Romance, e o Locus Award de Melhor Romance de Ficção científica em 1989.

MONA LISA OVERDRIVE. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mona_Lisa_Overdrive&oldid=55058370>. Acesso em: 7 mai. 2019.