Certeza de que não eram humanos
A primeira coisa de que tive a certeza foi de que não eram homens. A forma geral era análoga a da nossa espécie: corpo esbelto, com duas pernas e dois braços, e cabeça arredondada, assente num pescoço. Mas que grande diferença de pormenores! A estatura era mais graciosa do que a nossa, ainda que de maior talhe; as pernas muito longas e finas, bem como os braços; as mãos, grandes, possuíam sete dedos idênticos, dois dos quais, segundo mais tarde soube, são oponíveis. A fronte estreita e alta, os olhos enormes, o nariz curto, as orelhas minúsculas, a boca de finos lábios, o cabelo de um branco-platinado, davam á fisionomia um aspecto estranho. Mas o mais esquisito era a cor da pele, de um delicado verde-amêndoa, com reflexos sedosos. Como única vestimenta envergavam também uma cota de tecido verde, sob a qual se desenhava uma musculatura harmoniosa. Um dos três seres prostrados tinha uma mão ferida, donde corria um sangue verde que formava uma poça no chão.
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