Galeria Isaac Asimov Magazine BRASIL

Isaac Asimov Magazine

Saudosa coleção publicada no Brasil dos anos 1990 a 1992 pela editora record, com autorização da praticamente milenar Asimo's Science Fiction dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, entretanto, só alcançou os parcos 25 números que são raramente encontrados hoje em dia. Falta de leitores? Crise econômica dos anos 1990? Mudanças na linha editorial da Record? Talvez um pouco de cada coisa, mas o fato é, que o desinteresse do público brasileiro pelo gênero é notório e já vem de uma outra empreitada, desta vez pela editora Globo, que publicou somente 20 números do Magazine de Ficção Científica entre maio de 1970 e novembro de 1971.

Estes poucos números entretanto, serviram para lançar uma série de novos autores da ficção científica brasileira, conhecidos hoje como a Geração IAM, destacando-se Roberto de Sousa Causo, Roberto Schima, Gerson Lodi-Ribeiro, Jose Carlos Neves e Cid Fernandez, que graças ao prêmio Jeronymo Monteiro foram incentivados e lidos nacionalmente. Um aspecto importante da Isaac Asimov Magazine foi a publicação de autores nacionais já conhecidos como André Carneiro e Jorge Luiz Calife entre outros.

Seguindo uma tradição criada pelos magazines americanos, em todos os números havia uma sessão chamada Depoimentos com assuntos temáticos onde também se publicou importantes autores locais, como Bráulio Tavares e Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Em praticamente todos ou números foram resenhados livros e filmes de ficção científica por Roberto de Souza Causo, e na sessão Cartas sempre havia comentários ou críticas bastante pertinentes e agradáveis de se ler. Os editoriais, como não poderia deixar de ser, ficavam a cargo do Isaac Asimov, infelizmente, não eram artigos escritos especialmente para a versão brasileira da revista, algo que teria sido interessante e talvez impulsionasse um pouco mais a IAM.


A revista tinha uma periodicidade mensal e era impressa na divisão gráfica da Distribuidora Record de Serviços de Imprensa. E o editor responsável foi o Ronaldo Sérgio de Biasi.


Lembro bem deste ultimo número, e do choque que foi para mim encontrar um pequeno box na página 10 com esse necrológico:

Conheçam todas as capas lançadas no álbum do Google+ neste LINK: https://plus.google.com/u/0/photos/103998711237758699926/albums/6114659251289470497?sort=1



Aqui está a minha coleção completa da IAM, já meio desgastada pelo tempo. Lembro-me de cada exemplar, todos conseguidos aqui em Londrina, onde só havia em uma banca que recebia o magazine, e nunca tinha um dia certo para chegar.

Por Herman Schmitz, o visionário.

8 comentários:

  1. Para mim, a IAM marcou época e foi muito, mas muito especial. (Adivinhem por quê?) É uma pena que tenha durado tão pouco. Infelizmente, isso parece ser uma "tradição" do gênero no país. Alguém se lembra, por exemplo, do "Magazine de Ficção Científica" publicado pela Ed. Globo (Porto Alegre)? Pensando nisso, creio que já está mais do que na hora de voltar a surgir uma série similar aos anteriores, e, de preferência, que durasse mais do que duas dúzias de exemplares. Muito obrigado por esse resgate de memória, Herman!

    ResponderExcluir
  2. Digo: "... uma série similar ÀS anteriores ..." Certos vícios persistem, ainda mais agora, sendo eu um cachorro velho. Só depois da releitura percebo os deslizes... Quando sou capaz de perceber! rs... rs... rs... Abraços a todos.

    ResponderExcluir
  3. Mais do que na hora Roberto. Por enquanto é só aqui no digital... Abraço Amigo!

    ResponderExcluir
  4. Herman, obrigado por proporcionar esse artigo. Fui foraz devorador da IAM.
    Pena que ao longo dos anos fui perdendo os livros.
    Amigo, poderia me ajudar com uma dúvida (quase eterna?).
    Eu tenho certeza de ter lido um conto sobre uma montagem de peça teatral, porém o texto da peça sempre era censurado pois "feria" algum código de instituições. E no final não sobrava nada para montar a peça teatral.
    Esse conto foi no IAM? Obrigado de puder me ajudar.
    Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Realmente não lembro desse argumento na IAM. Histórias utilizando o teatro são bem raras na FC. Mas ficarei atento, se em minhas leituras ocorrer encontrar, te passarei a informação. Um abraço Marcelo.

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    3. Interessante que hoje mesmo pensei no mesmo conto. Tinha certeza de ter lido mas não recordava em qual edição.
      Se ainda quer saber: Edição no. 3, "Muito barulho por nada" - Connie Williams.

      Excluir