Trasplante obligatorio — La biología en la ciencia ficción



Contra-portada:
"Cuando la ciencia ficción penetra en la biología puede inducirnos a grandes especulaciones en el estudio de la vida. Con esta antología de relatos seleccionados por Isaac Asimov y sus colaboradores Martin H. Greenberg y Charles G. Waugh, tenemos ocasión de conocer la importancia de esta ciencia para los grandes maestros de la ciencia ficción. En este volumen se presentan doce relatos cuyo denominador común es la biología, tratando diferentes aspectos de la evolución, la biología celular, la genética, la fisiología, la reproducción o la ecología. En «Ruido atronador», Ray Bradbury nos sitúa en el año 2500, transportándonos al pasado en un peligroso safari a la Tierra. Poul Anderson, en «Los hijos del mañana», narra una historia de mutaciones genéticas y sus consecuencias después de una guerra atómica. En «Trasplante obligatorio», cuento que da título a esta antología, Robert Silverberg nos remite a una época y un lugar en el que los jóvenes se ven obligados a donar un órgano de su cuerpo. De lo contrario morirán irremediablemente. Los relatos de Fredric Brown, James S. Schmitz, Ursula Le Guin, Thomas N. Scortia, entre otros, completan este volumen."

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Título original: Caught in the organ draft: Biology in Science Fiction

Contenido:

Introducción (Isaac Asimov, Introduction, 1983)
Prohibida la entrada (Fredric Brown, Keep out, 1954)
Cuerpo de investigación (Floyd L. Wallace, Student body, 1953)
Ruido atronador (Ray Bradbury, A sound of thunder, 1952)
Invariable (John R. Pierce, Invariant, 1944)
El exterminador (A. Hyatt Verrill, The exterminator, 1931)
Los hijos del mañana (Poul Anderson (como F. N. Waldrop), Tomorrow's children, 1947)
Mary y Joe (Naomi Mitchison, Mary and Joe, 1970)
Cambio marino (Thomas N. Scortia, Sea change, 1956)
Trasplante obligatorio (Robert Silverberg, Caught in the organ draft, 1972)
Nueve vidas (Ursula K. Le Guin, Nine lives, 1969)
Tierra extraña (Edmond Hamilton, Alien earth, 1949)
El abuelo (James H. Schmitz, Grandpa, 1955)

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Isaac Asimov, Charles G. Waugh, Martin H. Greenberg, 1959.
Traducción: Hernán Sabaté
Diseño portada: Salinas Blanch

Maravilhas da Ficção Científica - Mario da Silva Brito

Maravilhas da Ficção Científica
Introdução de Mario da Silva Brito (trecho)

A ficção científica, de fato, é mais literatura do que ciência. Esta pertence aos compêndios e aos tratados. Os cientistas, no entanto, não a depreciam. Consideram-na, antes, uma hipótese de trabalho dependente da verificação sistemática.

O que a ciência pode representar para o homem na fecundação do seu espírito e na transformação de sua vida, formulando os termos do drama humano, já é matéria para a literatura, para a fábula. O reingresso do homem atua! no mundo da fábula — eis o que a science fiction pratica. Parte o escritor de uma concepção não alheia à ciência e cria, apoiado nela, a trama imaginária, e a narra consoante os seus recursos literários, e estes lhe darão, conforme a qualidade artística da fatura, grandeza ou platitude, realismo ou falsidade. Groff Conklin, experimentado antologista e teórico do gênero, conceitua-o como estando baseado em ideias científicas que não tenham sido provadas impossíveis. Daí não caber estranheza ante a notícia de que, na Universidade de Harvard, o professor Dwight Wayne Batteau mantenha uma cátedra de Ficção Científica aplicada à Engenharia, cuja finalidade é encaminhar os cientistas no aproveitamento das sugestões engendradas pelos escritores. Estes, por sua vez, em muitos casos, são técnicos, homens de laboratório e de pesquisas, cientistas numa palavra, e se valem da ficção para elaborarem, na forma de contos, novelas ou romances, hipóteses que não ousaram ainda formular em termos de rigorosa ciência. Há mesmo críticos literários que definem a ficção científica como a literatura da hipótese. O que importa assinalar, é que os escritores de ficção científica creem, convictamente, nas histórias que inventam e dão força de verdade à supra-realidade que descrevem. Por isso mesmo, os psicanalistas se detêm na análise mais profunda dessas narrativas, sentindo-as como um sonho rico de símbolos. Mas neste, como em qualquer outro gênero literário, o artesão não é dispensado, as regras estéticas não são abandonadas e nem a arte de compor, consoante as exigências estilísticas é de plano secundário. Exatamente porque, antes de mais nada, é preciso respeitar a sua condição de literatura.

A ficção científica, muito embora trate de mundos desconhecidos, de universos vagamente pressentidos, de objetos não identificados, de robôs e monstros, de fenômenos estranhos, de seres extraterrenos ou potências invisíveis, de naves estapafúrdias, de galáxias, de civilizações e culturas de outros planetas, é, em vez de escapista, vincadamente humana e dá a dimensão da perplexidade do homem na hora histórica em que vive. Pertence, como consequência, a um mundo que, pela exacerbação do conhecimento, derrogou as certezas que conquistara com o auxílio da própria ciência. Afinal, o homem moderno e o homem primitivo se igualaram na mesma ignorância — este por nada saber e aquele por saber demais, ficando, assim, atônito diante de cada nova descoberta. Um e outro, cada qual no seu devido tempo, lançam as mesmas indagações sofridas: Que é o homem? A vida? O tempo e o espaço? O futuro? Ambos se definem pela mesma insegurança, por semelhante inquietação ante o ignoto, o mistério. A ficção científica faz às vezes, enfim, de uma Cosmogonia. O Fabuloso de tal forma envolveu o homem, que tudo é mágico, mirabolante, absurdo, inédito e... possível.

A um mundo estável, que vai da geometria euclidiana ao racionalismo de Descartes, da regrada lógica aristotélica ao cosmos de Galileu e ao positivismo de Comte, para assinalar apenas algumas balizas, sucedeu outro, conturbado e revolucionado pela Relatividade, a Cibernética, os Quanta, a Mecânica Ondulatória, a Astrobiologia, a Sociometria, a Genética, a Psicanálise, as transmutações dos conceitos de Espaço e Tempo, a Radioatividade e os Raios Cósmicos, a Biofísica e a Bioquímica, a Eletrônica, a Telecomunicação, as mutações artificiais e tantas outras situações novas e desnorteantes que desmantelaram a solidez de suas interpretações da vida e do meio ambiente.

O homem, antes centro do Universo, acabou adquirindo a ciência — e o que é muito mais: a consciência — de que está instalado num minúsculo ponto perdido num braço de galáxia, entre outros milhares de milhões de grupos estelares, e sabe, por exemplo, que cada novo telescópio prescreve toda a Astronomia sabida até ontem. Ficou sem pontos de referência adaptados às dimensões humanas, observa Erich From, que ainda afirma: “A ciência, os negócios, a política, perderam todos os fundamentos e proporções que façam sentir humanamente. Vivemos em cifras e abstrações; posto que nada é concreto, nada é real. Tudo é possível, de fato e moralmente. A ficção científica não é diferente do fato científico, nem o são os pesadelos e os sonhos dos acontecimentos do ano seguinte.”

A ficção científica funda suas raízes nesse mundo instável e alienado. A espécie humana em perigo — perigo suposto ou real — produz uma literatura premonitória. É o grande documento da criatura em face ao seu destino problemático. Ou a catarse de um sentimento de culpa coletivo. Seja como for, é uma literatura do homem, nascida do seu íntimo profundo, não importa que tantas vezes temerosa e fatalista, desiludida e triste.

Em outros tempos, a literatura preocupou-se com o passado ou o presente das sociedades. Agora está voltada para o futuro, que não consegue vislumbrar nitidamente.

Literatura de fuga, essa da ficção científica? Parece que não. É antes filha do impasse, da crise, da humanidade intranquila e sem paz. Mas, nem por isso, é toda ela feita de dor e, em nenhum momento, de desprezo pela condição humana. Muito pelo contrário, está vinculada ao tempo terrível que as manchetes diariamente denunciam, e, em alguns autores, seus personagens, exilados em outras galáxias, ou em mundos artificiais, apresentam-se nostálgicos da boa e velha Terra que abandonaram por força das circunstâncias, e conspiram contra os governos estelares para retornarem ao solo de antanho, com o fito de novamente colonizá-lo, tirá-lo do seu barbarismo e reorganizá-lo em termos de amor e simplicidade. São personagens ansiosos por retomarem ao humano, por descobrirem uma verdade simples, que nada tenha a ver com máquinas, poder ou glória, mas que devolva aos seres a indispensável dimensão humana.

Uma derradeira indagação: até quando a ficção-científica será apenas ficção-científica?

MARIO DA SILVA BRITO

Henry Kuttner – Portadas #CienciaFicción

Mutante - Henry Kuttner
Chessboard Planet - Henry Kuttner
Return to Otherness - Henry Kuttner

¿Qué es el método científico? — Isaac Asimov



¿Qué es el método científico?



Evidentemente, el método científico es el método que utilizan los científicos para hacer descubrimientos científicos. Pero esta definición no parece muy útil. ¿Podemos dar más detalles?

Pues bien, cabría dar la siguiente versión ideal de dicho método:

  1. Detectar la existencia de un problema, como puede ser, por ejemplo, la cuestión de por qué los objetos se mueven como lo hacen, acelerando en ciertas condiciones y decelerando en otras.
  2. Separar luego y desechar los aspectos no esenciales del problema. El olor de un objeto, por ejemplo, no juega ningún papel en su movimiento.
  3. Reunir todos los datos posibles que incidan en el problema. En los tiempos antiguos y medievales equivalía simplemente a la observación sagaz de la naturaleza, tal como existía. A principios de los tiempos modernos empezó a entreverse la posibilidad de ayudar a la naturaleza en ese sentido. Cabía planear deliberadamente una situación en la cual los objetos se comportaran de una manera determinada y suministraran datos relevantes para el problema. Uno podía, por ejemplo, hacer rodar una serie de esferas a lo largo de un plano inclinado, variando el tamaño de las esferas, la naturaleza de su superficie, la inclinación del plano, etc. Tales situaciones deliberadamente planeadas son experimentos, y el papel del experimento es tan capital para la ciencia moderna, que a veces se habla de «ciencia experimental» para distinguirla de la ciencia de los antiguos griegos.
  4. Reunidos todos los datos elabórese una generalización provisional que los describa a todos ellos de la manera más simple posible: un enunciado breve o una relación matemática. Esto es una hipótesis.
  5. Con la hipótesis en la mano se pueden predecir los resultados de experimentos que no se nos habían ocurrido hasta entonces. Intentar hacerlos y mirar si la hipótesis es válida.
  6. Si los experimentos funcionan tal como se esperaba, la hipótesis sale reforzada y puede adquirir el status de una teoría o incluso de una «ley natural».
Está claro que ninguna teoría ni ley natural tiene carácter definitivo. El proceso se repite una y otra vez. Continuamente se hacen y obtienen nuevos datos, nuevas observaciones, nuevos experimentos. Las viejas leyes naturales se ven constantemente superadas por otras más generales que explican todo cuanto explicaban las antiguas y un poco más.

Todo esto, como digo, es una versión ideal del método científico. En la práctica no es necesario que el científico pase por los distintos puntos como si fuese una serie de ejercicios caligráficos, y normalmente no lo hace.


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Isaac Asimov
Tirado de: 100 preguntas básicas sobre la ciencia
Alianza Editorial

Humor Cosmico — Joe Haldeman (Introdução à antologia)



Introducción

Gran parte de la ciencia ficción es terriblemente seria. Los autores urden historias para advertirnos de que «nos estamos agotando». Inventan nuevos universos y nuevas razas de hombres, como marcos y protagonistas de vastos dramas. Con todo el Universo, pasado, presente y futuro, como escenario, no es de extrañar que el pincel sea grueso y las pinceladas audaces.

La ciencia ficción hace mucho ruido; el zumbido de las pistolas lanzarrayos, el choque de los planetas, el rugido de las metáforas cósmicas. Pero si escuchamos atentamente, oiremos una risita ocasional, alguna carcajada, incluso, y más allá —a cuatro años luz al sudeste de Alfa del Centauro— un coro de estridentes risas. Porque también existe una ciencia ficción para divertirse.

Lo único que todos los relatos siguientes tienen en común es que me han hecho reír. Por lo demás, son muy diferentes. Encontramos constantes y burlonas extravagancias en las fabulosas máquinas de Henry Kuttner, pero también un relato de Damon Knight que parece muy sensato y serio… hasta la última línea. Tenemos el más negro de los humores negros y algunas frivolidades puramente divertidas. Ambas cosas en el mismo relato, escrito por una extraña persona con el nombre en minúscula, llamada andy offutt.

Están ustedes a punto de conocer a personas tan inverosímiles como Caedman Wickes (investigador privado, especialista en denuncias singulares), un ejército de Clark Kents, y Félix Funck, supersiquiatra. Naturalmente, hay unos cuantos sabios distraídos, e incluso uno que se desvanece gradualmente.

Y las máquinas: un enorme aparato aparentemente construido con la única finalidad de comer tierra mientras canta «St. James Infirmary», una pelota de hojalata con todo el encanto del Viejo Mundo, un robot transparente enamorado de sus propias vísceras, y una ególatra bomba H que habla y tiene un ojo azul.

Pero no todo es frivolidad y ligereza, ¡oh, no! Estos relatos versan sobre temas tan enormemente serios como terremotos catastróficos, un mundo, que se ha vuelto loco, canibalismo, la invasión de las arañas, un dispositivo ideado para hacer estallar todo el Universo en calidad de, uh, terapia,

Los temas, al menos, son serios

Joe Haldeman


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Título original: COSMIC LAUGHTER

Edición en lengua original:
© Joe Haldeman – 1974
© M.ª T. Segur – 1977
Traducción
© Jorge Sánchez – 1977
Diseño y realización de la cubierta

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Índice

Un ligero error de cálculo, por Ben Bova
¡Es un pájaro, por es un avión!, por Norman Spinrad
Los robots están aquí, por Terry Carr
/ de Newton, por Joe Haldeman
Los hombres que asesinaron a Mahoma, por Alfred Bester
Servir al hombre, por Damon Knight
Una bomba en la bañera, por Thomas N. Scortia
El hechicero negro del castillo negro, por Andrew J. Black Offutt
Gallegher Plus, por Henry Kuttner

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