Pensando no Futuro da Alimentação
Haverá um tempo, onde os biscoitos pré-assados, em segundos, saem do micro forno, quentes, caramelizados e prontinhos para comer e exalando o aroma do forno da vovó.
A carne do futuro será o charque. Um cubo mais ou menos marmorizado e avermelhado. Alguns ricos, esnobes, comerão somente aves pastoreadas, vindas de rebanhos artesanais de galináceos com uma dieta seletiva de orgânicos.
Teremos os bares de comida, onde se pagará para se estar em torno de uma grande mesa de comida, na boa companhia de desconhecidos, como na 'távola redonda'.
Todas as comidas terão uma pitadinha de DIM (diidolimetano) esse fitonutriente naturalmente presente somente no brócolis, na couve-flor e na couve-de-bruxelas, que estimula a produção de enzimas que controlam a produção das outras enzimas que controlam a produção do estrogênio, o que reduzirá as TPMs, as menopausas e uma série de cânceres, além de baixar o nível do mau-estrogênio, notoriamente responsável por inúmeros danos ao ser humano.
Finalmente será instituída a cozinha do relógio biológico, que garantirá o retorno ao naturalismo interior. Você só comerá quando realmente estiver com fome.
Teremos embalagens comestíveis como sobremesa. A cara indústria do chocolate do futuro fará 'papéis chocolates' das mais diversas gramaturas, para embalar as marmitas e os sandubas do futuro.
Comeremos com sentimento. A boa refeição é uma combustão de elementos chaves de uma experiência. Comeremos com ambiente, espírito, nariz, olhos e ouvidos. A comida será uma transcendência a níveis mais elevados da degustação.
O abraço forte do gelo líquido transitável conterá o risco de contaminação por bactérias e teremos a pasteurização perfeita.
Nós poderemos comprar os nosso legumes diretamente da fazenda pela internet. Basta assinar uma cota no cyberfarm mas próximo.
Muitos restaurantes importantes vão sair às ruas. Concorrendo com as feiras livres, haverão comboios de restaurantes-vagões soltos pela cidade. De acordo com as promoções na internet, a empresa vai atrás e o morador pode ir almoçar tranquilamente no espanhol as quatro da tarde. Serão as ofertas do dia...
Teremos o congelamento molecular das frutas e dos legumes. A ameixa cai do pé de suculenta e madura, passa o raio criogelante, e ela pode circular o mundo, e descriogenar-se na mesa do almirante, que suspeitou de alguma fictícia irregularidade e para encerrar, comeu a suculenta ameixa em um mero aplicar de um raio reversor.
Frutas, esta será a carne do futuro. Altas combinações de 'planchados' de fruta ferverão nas grelhas dos poucos jardins e praias do futuro. A cozinha portuguesa, chinesa e tailandesa, se unem à francesa, grega e vietnamita. As frutas e os legumes imperam.
O arroz dominará incontinente. Arroz com ovos picados e presunto no café da manhã. Em pó! No almoço, arroz com frutos do mar e algas. No mercado tem na cumbuca, mas tem também em pó.
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Verbete 'alimentação' do Dicionário do Futuro, Faith Popcorn e Adam Hanft. Editora Campus, 2002.
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